terça-feira, 28 de dezembro de 2010
CONFRATERNIZAÇÃO REUNIRÁ CRAQUES DO FUTURO NA RECREO
Atletas que estão próximos do profissionalismo no futebol levarão um pouco de alegria e esperança para os internos do Retiro Comunitário de Reabilitação Ocupacional (Recreo). Em uma confraternização marcada para esta quarta-feira, às 10 horas, jovens jogadores como Andrigo e Wellington, do Internacional, Yuri Souza, do Grêmio, e Eduardo Haas (Duda), do Vasco da Gama, Rio de Janeiro, farão uma partida amistosa na sede da entidade, no Passo da Cria, em Montenegro.
De acordo com coordenador da Central Única das Favelas (Cufa) no município, Rogério Santos, o Recreo – Recreio está há 23 anos inserido na comunidade montenegrina, "desenvolvendo trabalhos voltados à recuperação de jovens entre 8 e 17 anos da dependência de drogas e álcool". No momento, são cerca de 22 meninos atendidos. Eles têm aulas pela manhã e, durante o resto do dia, atividades e oficinas. É onde funciona o espaço educacional "Primavera da Alma", projeto inédito no Brasil, visando a inclusão pela educação.
Ainda conforme Santos, crianças e adolescentes tinham dificuldades de acesso à educação formal por estarem internados no Recreo, para tratamento de drogas (crack). Desde o início do ano, Montenegro oferece uma professora e orientação pedagógica da Escola Etelvino de Araújo Cruz, para dar aulas no local. "O espaço educacional conta com salas de acolhimento, multifuncional, aula, laboratório de informática e uma minibiblioteca", frisa.
A partida de futebol de amanhã foi um pedido de Natal dos internos. "Um jogo de confraternização com os futuros craques das categorias de base das principais equipes. Na realidade, é ver de perto algo que eles sempre sonharam em ser", resume Santos.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
CUFA MONTENEGRO RECEBE O KIT NEGRO RS
Lançado em Montenegro o Kit RS Negro pela jornalista Sátira Machado, atualmente Consultora de Informação da OIT-ONU (Organização Internacional do Trabalho - Organização das Nações Unidas), onde esteve recentemente em Luanda - Angola, capacitando jornalistas para a inclusão da pauta da igualdade de gênero no mundo do trabalho nas mídias.É Curadora e Coordenadora Executiva do Projeto RS Negro da FECI:
O kit RS NEGRO é composto pela 2 ed. do livro “RS Negro: cartografias da produção do conhecimento”; vídeo-documentário “Sou”; revista RS Negro; pôster book RS Negro; CD de aulas RS Negro; CD de áudios “Negro Grande”. Os produtos do Projeto RS Negro estarão disponíveis gratuitamente no www.pucrs.br/faced/educomafro.
O projeto RS Negro: educando para a diversidade é uma realização da Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social do RS (SJDS), da Fundação de Educação e Cultura do Internacional (Feci), com financiamento da Companhia Estadual de Energia Elétrica do RS (CEEE), através da Lei da Solidariedade, que tem a parceria do Educom Afro, da EDIPUCRS, do Codene, da UERGS e do AHRS. O kit do projeto será entregue para as escolas cuprirem a Lei 10.639, que inclui a "história e cultura afro-brasilera" no currículo oficial da rede nacional de ensino.
COLUNA PERIFERIA CONSCIENTE POR ROGÉRIO SANTOS - JORNAL O PROGRESSO
“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.
Martin Luther King
SOU VILEIRO COM MUITO ORGULHO
- Tu és vileiro... vileiro e vem reclamar chinelo... vileiro... se esses trocados vai te fazer falta te devolvo... quem és tu para reclamar...
Essas palavras, mas em tom agressivo foi dirigida a mim, no último domingo, por indivíduo que representava o Clube São Pedro, quando fui assistir meu filho na decisão municipal da categoria sub 15, no Estádio Belchior Viana (campo do América), que seria a preliminar da primeira partida decisiva do segundo turno da força livre ou primeiro quadro, entre São Pedro e Municipal, quando perguntei pelo recibo ou comprovante do ingresso que paguei (conforme o código de defesa do consumidor e lei número 10.671, a lei do estatuto do torcedor; tenho esse direito e quem está cobrando tem o dever de fornecer o comprovante, sob pena de lei).
O presidente da Liga de futebol estava organizando os troféus, ouviu tudo, questionei o mesmo sobre os comprovantes, baixou a cabeça, sorriu e fez que não fosse com ele; mas não precisa se posicionar ou ter responsabilidade com o torcedor, para quê? Sem deixar de mencionar que além da liga, ele é presidente do conselho de esporte. E o campeonato é esse exemplo.
Na segunda estive conversando por telefone com o secretário do CONDECON RS, me explicou e passou as duas leis, acima citadas, que me garantiriam uma vitória caso entrasse com uma queixa; salientou que todos os consumidores exigissem os comprovantes o país seria totalmente diferente, pois temos vergonha de exigir nossos direitos. Não foi por covardia que não entrei, sim por respeito, gratidão, ao Clube São Pedro, onde atuei nos finais dos anos 80, sempre fui tratado na maior fidalguia da diretoria, sócios e torcedores; trago as melhores recordações do futebol varzeano Montenegrino. Muito diferente da equipe representava o São Pedro que vi e assisti no domingo.
Mas voltando a questão de vileiro... a primeira vez que vi o indivíduo que achou que me ofendeu, foi há anos atrás, num torneio no campo de areia da Brigada onde era o destaque, por sua velocidade, habilidade e garra no jogo; era o craque do torneio. Daqui a pouco, um policial militar que está na reserva, atualmente, o interveio dizendo que estava de olho nele; ele se defendendo, dizia que era marcação, só porque ele era pobre, mas era trabalhador honesto. Fui em sua defesa, com outras pessoas e essa cena ficou gravada, quando ele tentava me ofender, retornou a minha memória.
Quero dizer, sempre quis ser vileiro, desde a infância, pois as melhores partidas no areão do São João Batista, na colina, no palmeirinhas, enfim, era vila versus vila, muitas vezes não conseguia vaga, por ser do centro, estudar em escola particular. Minha felicidade era quando o Marcos Willers (Zecão), colega de aula, me convidava para jogar no time da vila dele, no Taninão. Com certeza o rapaz usou a palavra vileiro para me ofender, vendo um negro (que no Brasil para maioria significa pobre, ignorante, bandido,...) questionando o seu direito para alguém que tem dificuldade em entender cidadania.
Para terminar sou vileiro com muito orgulho e quero ser vileiro para toda a vida.
Assinado: Vileiro Rogério Santos, jornalista, pós-graduado em marketing e mestre em sociologia.
NOTA BACANA: estive na escola estadual Tanac discutindo com os alunos a respeito da coluna do Jornal O Progresso, o pessoal apresentou interpretações e leituras super interessantes. Valeu .
Martin Luther King
SOU VILEIRO COM MUITO ORGULHO
- Tu és vileiro... vileiro e vem reclamar chinelo... vileiro... se esses trocados vai te fazer falta te devolvo... quem és tu para reclamar...
Essas palavras, mas em tom agressivo foi dirigida a mim, no último domingo, por indivíduo que representava o Clube São Pedro, quando fui assistir meu filho na decisão municipal da categoria sub 15, no Estádio Belchior Viana (campo do América), que seria a preliminar da primeira partida decisiva do segundo turno da força livre ou primeiro quadro, entre São Pedro e Municipal, quando perguntei pelo recibo ou comprovante do ingresso que paguei (conforme o código de defesa do consumidor e lei número 10.671, a lei do estatuto do torcedor; tenho esse direito e quem está cobrando tem o dever de fornecer o comprovante, sob pena de lei).
O presidente da Liga de futebol estava organizando os troféus, ouviu tudo, questionei o mesmo sobre os comprovantes, baixou a cabeça, sorriu e fez que não fosse com ele; mas não precisa se posicionar ou ter responsabilidade com o torcedor, para quê? Sem deixar de mencionar que além da liga, ele é presidente do conselho de esporte. E o campeonato é esse exemplo.
Na segunda estive conversando por telefone com o secretário do CONDECON RS, me explicou e passou as duas leis, acima citadas, que me garantiriam uma vitória caso entrasse com uma queixa; salientou que todos os consumidores exigissem os comprovantes o país seria totalmente diferente, pois temos vergonha de exigir nossos direitos. Não foi por covardia que não entrei, sim por respeito, gratidão, ao Clube São Pedro, onde atuei nos finais dos anos 80, sempre fui tratado na maior fidalguia da diretoria, sócios e torcedores; trago as melhores recordações do futebol varzeano Montenegrino. Muito diferente da equipe representava o São Pedro que vi e assisti no domingo.
Mas voltando a questão de vileiro... a primeira vez que vi o indivíduo que achou que me ofendeu, foi há anos atrás, num torneio no campo de areia da Brigada onde era o destaque, por sua velocidade, habilidade e garra no jogo; era o craque do torneio. Daqui a pouco, um policial militar que está na reserva, atualmente, o interveio dizendo que estava de olho nele; ele se defendendo, dizia que era marcação, só porque ele era pobre, mas era trabalhador honesto. Fui em sua defesa, com outras pessoas e essa cena ficou gravada, quando ele tentava me ofender, retornou a minha memória.
Quero dizer, sempre quis ser vileiro, desde a infância, pois as melhores partidas no areão do São João Batista, na colina, no palmeirinhas, enfim, era vila versus vila, muitas vezes não conseguia vaga, por ser do centro, estudar em escola particular. Minha felicidade era quando o Marcos Willers (Zecão), colega de aula, me convidava para jogar no time da vila dele, no Taninão. Com certeza o rapaz usou a palavra vileiro para me ofender, vendo um negro (que no Brasil para maioria significa pobre, ignorante, bandido,...) questionando o seu direito para alguém que tem dificuldade em entender cidadania.
Para terminar sou vileiro com muito orgulho e quero ser vileiro para toda a vida.
Assinado: Vileiro Rogério Santos, jornalista, pós-graduado em marketing e mestre em sociologia.
NOTA BACANA: estive na escola estadual Tanac discutindo com os alunos a respeito da coluna do Jornal O Progresso, o pessoal apresentou interpretações e leituras super interessantes. Valeu .
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
CUFA MONTENEGRO NO PRIMEIRO FÓRUM DE DEBATES SOBRE PREVENÇÃO E ABUSO DE DROGAS NA ESCOLA
A CUFA, representada pelo jornalista Rogério Santos, falou na Universidade Luterana do Brasil - ULBRA, no PRIMEIRO FÓRUM DE DEBATES SOBRE PREVENÇÃO E ABUSO DE DROGAS NA ESCOLA, sobre o Movimento Montenegro Contra o Crack, movimento que é exemplo ao país no combate ao crack, que teve o início com a Central Única das Favelas. Participaram da mesa redonda,coordenada professora doutora Araci Assinalli Luz , Universidade Federal do Paraná; Projeto Crack Nem Pensar, do grupo RBS,de Porto Alegre; Projeto Vida, da Escola Estadual Conego, de Camaquã; Programa Crack: Ignorar é seu vício, do Ministério Público do RS; Frente Parlamentar Antidrogas, da Camara Muncipal de Porto Alegre; Programa CIPAVE, da prefeitura de Caxias do Sul/RS.
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