sexta-feira, 26 de setembro de 2008

MINISTRO DA JUSTIÇA SAÚDA PARCERIA ULBRA/CUFA-RS





Ministro da Justiça saúda parceria ULBRA/CUFA-RS
Tarso Genro destacou importância da união


A tarde desta quinta-feira (25/09) vai ficar marcada na memória dos moradores do Morro Santa Tereza, em Porto Alegre. Em um evento que contou com a presença do Ministro da Justiça, Tarso Genro, foi inaugurada a sede da Central Única das Favelas (CUFA-RS). A ULBRA, que é parceira da entidade em diversos projetos, foi representada pela pró-reitora de Desenvolvimento Institucional e Comunitário, Marlise Fernandes.

Para o ministro Tarso Genro, a parceria entre a universidade e a sociedade civil organizada é de grande importância para o desenvolvimento de políticas que resgatem os menos favorecidos. “É fundamental esse engajamento da universidade, pois forma uma espécie de corrente de transmissão. Se a universidade não se abrir desse modo, participando efetivamente, perde sua finalidade inicial”, destacou

A Central Única das Favelas é uma organização nacional que surgiu através de reuniões de jovens de várias favelas do Rio de Janeiro – geralmente negros – com o objetivo de conscientizar e elevar a auto-estima das camadas não privilegiadas. Aqui no Estado, é dirigida pelo comunicador Manoel Soares. “Esse espaço (a sede) foi criado para desenvolver tecnologias sociais para combater o crack”, explicou Soares.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

53a. Feira do Livro de Porto Alegre

A CUFA-RS, o Ministério do Turismo e a Universidade Luterana do Brasil promoverão o evento “A Periferia no Centro – Grande Mostra das Periferias”, que indicará o potencial turístico, econômico e cultural de 15 comunidades periféricas da Região Metropolitana de Porto Alegre em uma grande mostra reveladora destas vocações.

A mostra ocorrerá no período de 31 de outubro a 16 de novembro de 2008, durante a realização da Feira do Livro de Porto Alegre, um dos mais importantes eventos turísticos e culturais do Rio Grande do Sul.

O projeto integrará as comunidades periféricas de Canoas, Esteio, Viamão, Guaíba, Alvorada, Gravataí, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Montenegro e da própria cidade de Porto Alegre, como a Região das Ilhas (dos Marinheiros, da Pintada e das Flores) e as comunidades do Morro da Cruz e do Buraco Quente.

A iniciativa também prevê a realização de diversas atividades, que se desenvolverão entre setembro e novembro, dentro das 15 comunidades retratadas e no espaço da Feira do Livro. Entre as diversas ações, estão previstos cursos de formação; passeios temáticos; formação de bibliotecas comunitárias temáticas; lançamento de publicações; debates; palestras; exposição fotográfica (fotos dos jovens das favelas do RS, que receberão capacitação através de curso de fotografia); apresentações de espetáculo de teatro, dança e música; produção de documentário; mostra de cinema; e eventos de moda e gastronomia, numa perspectiva redimensionadora da verdadeira vocação das comunidades periféricas.

Com estas ações, almeja-se re-significar a periferia, desmitificando este território e criando novos espaços de trânsito. Busca-se, desta forma, favorecer o incremento do turismo e a inclusão econômica destas comunidades por intermédio da valorização da sua cultura e de seus espaços de convívio e produção.

Na área da Feira do Livro será montado um estande, que centralizará as ações a serem desdobradas nas comunidades participantes, gerando uma interlocução entre o público presente no evento e os moradores destas zonas periféricas. A parceria com a Câmara Riograndense do Livro, entidade organizadora da Feira, favorecerá a formação de 15 bibliotecas comunitárias, uma em cada comunidade. Estes espaços serão constituídos a partir de doações, em um esforço conjunto de todos os parceiros e das comunidades.

terça-feira, 16 de setembro de 2008


EQUIPE CUFA
O Basquete de Rua é uma modalidade esportiva inspirada no Streetball, oriundo das periferias norte-americanas, e na Cultura Hip Hop, movimento de expressão popular baseada em 4 elementos distintos, que vêm ganhando a cada dia mais força em todo o país.

Apesar de possuir os mesmos elementos básicos do Basquetebol “tradicional”, o Basquete de Rua difere-se totalmente; desde as regras do jogo até mesmo o ambiente onde é realizado. Como o próprio nome diz, o Basquete de Rua sempre acontece em locais não convencionais, muitas vezes improvisados em ruas, quadras públicas ou em baixo de viadutos. Forte peculiaridade desta modalidade é a presença da Música Rap tocando durante os embates (influência da Cultura Hip Hop). Porém, o que é fundamentalmente priorizado neste Estilo de jogo é a realização de passes de dribles que “desconsertem” seus adversários, tornando as jogadas mais atraentes e divertidas para os jogadores, bem como para o público que assiste.

Em 2005, a Central Única das Favelas, realizou no Rio de Janeiro, durante um evento de Cultura Hip Hop denominado Hutuz, o primeiro campeonato de Basquete de Rua de expressão nacional. Desde então, em todo o país, esta modalidade vem crescendo, ganhando novos adeptos vindo inclusive do Basquetebol.

Atualmente a Cufa realiza em todo país Seletivas Estaduais de Basquete de Rua e o único Campeonato Brasileiro da modalidade, denominado Liga Brasileira de Basquete de Rua – LIBBRA, consolidando cada vez mais o Basquete de Rua como uma modalidade esportiva de grande sucesso.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

DIMINUI A DESIGUALDADE SOCIAL


Os índices de escolaridade, renda e pobreza da população negra registraram melhoras entre 1996 e 2006, mas as condições de vida continuam inferiores às dos brancos no Brasil. A avaliação é de estudo sobre desigualdade racial e de gêneros divulgado nesta terça-feira (9) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo do Ipea tomou como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) lançadas pelo IBGE entre os anos de 1996 e 2006. A designação 'branco' ou 'negro' foi estabelecida segundo autodeclaração dos pesquisados.
Segundo dados do estudo, em 1996, 82,3% dos negros estavam matriculados em etapas do ensino fundamental adequadas à sua idade e apenas 13,4% no ensino médio. Em 2006, essa porcentagem subiu para 94,2% no ensino fundamental e 37,4% no médio. A proporção de negros e negras que estudavam no ensino médio, entretanto, ainda é muito menor que a de brancos - que chegou a 58,4% em 2006.

A renda média do trabalhador negro também cresceu, embora o aumento não seja muito expressivo: o rendimento médio de 2006 foi R$ 19 mais alto que em 1996, ou 3,93%. A queda da diferença entre os dois grupos se deu devido a diminuição dos rendimentos dos homens brancos, que passaram de R$ 1.044,20 a R$ 986,50. Os demais grupos estudados (mulheres brancas e negras e homens negros) tiveram aumentos.

Mesmo com essa alta, a discrepância é grande. Os brancos ainda vivem com quase o dobro da renda mensal per capita dos negros - pouco mais de um salário mínimo a mais.

Outros dados

Outras constatações do estudo mostram que a população negra é menos protegida pela Previdência Social do que os brancos - especialmente no caso da mulher negra - e começa a trabalhar mais cedo para se aposentar mais tarde.
'A renda dos negros é extremamente baixa comparada à dos brancos, e está muito próxima ao valor do salário mínimo', diz o professor Claudio Dedecca, do departamento de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em São Paulo.

Dedecca explica que a oscilação da renda de negros e brancos teve sinais diferentes entre 1996 e 2006 porque os acréscimos ou decréscimos nos pagamentos têm diferentes origens. 'O comportamento da renda dos brancos é definido por negociação coletiva ou fluxos do mercado de trabalho. Então, nesses últimos 13, 14 anos, acompanhou a queda na renda média da população. Já a dos negros está associada à evolução da política do salário mínimo.'

Além do crescimento dependente das políticas públicas, a evolução da renda entre negros e queda entre os brancos não se refletiu na erradicação da pobreza. Se em 1996 46,7% dos negros eram pobres, o percentual desceu em 2006 para 33,2. Na prática, cerca de 2 milhões de pessoas deixaram a pobreza num período em que a população ganhou mais de 32 milhões de brasileiros. Entre os brancos, o número absoluto de pessoas que deixaram a pobreza foi de cerca de 5 milhões, mesmo a queda em pontos percentuais tendo sido menor - de 21,5% para 14,5%.

Especialistas dedicados à questão da desigualdade racial concordam entre si com a raiz histórica deste vácuo econômico entre brancos e negros. Educação básica deficiente e pouco universalizada, a herança histórica deixada por séculos de escravismo e uma tradição de ocupar empregos de pouco prestígio social estão entre as causas da diferença.


Herança

Para o sociólogo Rogério Baptistini Mendes, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp-SP), o fim da escravidão sem a criação de um mercado de trabalho que absorvesse a mão-de-obra negra e herança de concentração fundiária na mão de ricos produtores agrícolas privaram a população negra de acesso a 'mecanismos democráticos de ascensão social, econômica e cultural'.

'A sociedade brasileira foi constituída em três séculos de colonização e quatro de escravidão. Isso gerou uma estrutura de segregação absoluta que foi sendo superada ao longo do século 20, mas não na velocidade necessária para democratizá-la' , explica Baptistini. 'Não temos mecanismos para distribuir a renda. É como se no século 21, ainda vivêssemos em uma sociedade escravocrata. '

O economista Vinícius Garcia, mestre em Economia Social e do Trabalho pela Unicamp, aponta a geografia como outro importante fator para explicar a concentração da pobreza entre os negros. 'No nosso estudo, vimos que a população negra está super-representada nas áreas menos desenvolvidas do país, como no Norte e no Nordeste. E é menos concentrada em regiões como o Sudeste, que tem uma estrutura econômica mais dinâmica', pondera ele.

Diretora de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação Palmares, Bernardete Lopes defende que o estudo do Ipea é importante para provar à sociedade que os preconceitos raciais não foram superados no Brasil. 'Acho que essa pesquisa vai fazer algumas pessoas entenderem quando dizemos que o país precisa de ação afirmativa e precisa de cotas, porque mostra que não vivemos numa democracia racial, e que a discriminação não era pela pobreza, mas sim pela raça e pela cor', afirma.

'É muito doído perceber que, embora o movimento negro tenha conseguido grandes vitórias e o Estado brasileiro hoje esteja preocupado em diminuir as diferenças, elas continuam sendo sempre o dobro', completa Bernardete, referindo-se a distância de quase 50% entre os salários de pessoas que nasceram com cores de pele diferentes.

Fonte: Uol

terça-feira, 9 de setembro de 2008

CUFA/RS NO JORNAL IBIÁ - MONTENEGRO/RS


Núcleo da CUFA lançado em Montenegro

Simone Gasparoni

Durante o concurso, foi lançado em Montenegro um núcleo da Central Única das Favelas (CUFA). A organização foi fundada pelo rapper MV Bill há 11 anos. Nasceu a partir da união entre jovens de várias favelas do Rio de Janeiro, principalmente negros, que buscavam espaços para expressarem suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver.
O coordenador regional da CUFA, na região Sul do país, Manoel Soares, informou que a organização, presente em 27 estados brasileiros, visa mostrar que as periferias existem, apresentam problemas, mas são capazes de promover soluções. "O objetivo da CUFA é organizar as periferias para que elas possam encontrar soluções para os seus próprios problemas. Enquanto todos falam em problemas, nós focamos na solução. A violência não é um problema da periferia e sim da sociedade como um todo", assinalou. Soares declarou que o Rio Grande do Sul camufla a miséria. "Em outras regiões do país, o Estado é visto como uma Europa brasileira", disse.
As ações do núcleo serão direcionadas a educação, esporte, cultura e cidadania. A intenção é criar projetos para conscientizar os jovens a não se envolverem com as drogas. "Temos de criar estratégias para combater o crack, pois Montenegro já sofre com o problema da droga. Dados da Secretaria Estadual da Saúde apontam que o RS tem 60.000 usuários de crack", informou Soares. A CUFA de Montenegro vai estar conectada com os núcleos da organização em todo o país.
A coordenadora geral da CUFA RS, Dinorá Rodrigues, disse que a entidade está desenvolvendo nas escolas estaduais o Circuito Papo Reto, um trabalho com os adolescentes de prevenção às drogas. "É um projeto interessante, que traz desenvolvimento social ao município."
Em Montenegro, o núcleo fará um mapeamento da população de baixa renda para saber quais são suas carências e preocupações e, a partir daí, desenvolver ações educativas. O núcleo ainda não dispõe de uma estrutura física no município, mas quem tiver interesse em saber mais informações pode contatar com Rogério Santos, coordenador local, pelo telefone (51) 84333132.
MATÉRIA PUBLICADA NO JORNAL IBIÁ - MONTENEGRO/RS - 09/09/2008 - EDIÇÃO 3.508

CUFA SOBRE AS ELEIÇÕES 2008


A CUFA - Central Única das Favelas é uma organização social, constituída em rede de trabalho nos 26 estados brasileiros e Distrito Federal.

Através de parcerias com o governo, empresas privadas e outras organizações do terceiro setor é possível realizar ações e projetos voltados à educação, cultura, esporte, cidadania, meio ambiente e geração de renda, que podem melhorar a qualidade de vida dos jovens moradores das favelas e comunidades populares.

Porém, a CUFA não apóia nenhum candidato e partido, apesar de respeitar todos e ter hoje relações próximas e muitos amigos que fazem parte do processo político profissional.

Acreditamos que a forma mais democrática de respeitar a democracia é resguardar a nossa credibilidade e nossa independência, e por isso, se algum político, ainda que amigo e irmão estampar nossa imagem induzindo seus eleitores a crer que somos seus cabos eleitorais, iremos lamentar, mas teremos que desmentir, pois acreditamos que esses mesmos aliados precisam prezar pela forma mais pura de fazer política, o compromisso com a verdade.

E a verdade é: A CUFA APÓIA A DEMOCRACIA E O ÚNICO PARTIDO PARA O QUAL ELA TRABALHA É A FAVELA, SENDO SEUS REAIS CANDIDATOS OS MORADORES DESSES ESPAÇOS FÍSICOS QUE VIVEM EM GRANDE DESVANTAGEM SOCIAL !

Todos que quiserem se comprometer com a nossa verdade, serão sempre nossos parceiros, independente de partido ou movimento político, desde que o intuito seja o de transformar a comunidade e a vida de nossas pessoas que nelas vivem..






Celso Athayde
CUFA - Central Única das Favelas do Brasil
Secretário Geral

Agora é com nós...



Em 07 de setembro, foi lançado em Montenegro o núcleo CUFA, com a presença dos coordenadores da CUFA , Manoel Soares e Dinorá Rodrigues. Organização que está presente em 27 estados brasileiros, visa mostrar que as periferias existem, apresentam problemas, mas são capazes de promover soluções.

As ações do Núcleo serão direcionadas a educação, esporte, cultura e cidadania. A intenção é criar projetos para conscientizar os jovens a não se envolverem com as drogas.

Estamos formando a equipe de trabalho e sempre estaremos de braços aberto a quem vier...

Agora é com nós...