terça-feira, 28 de dezembro de 2010

CONFRATERNIZAÇÃO REUNIRÁ CRAQUES DO FUTURO NA RECREO






Atletas que estão próximos do profissionalismo no futebol levarão um pouco de alegria e esperança para os internos do Retiro Comunitário de Reabilitação Ocupacional (Recreo). Em uma confraternização marcada para esta quarta-feira, às 10 horas, jovens jogadores como Andrigo e Wellington, do Internacional, Yuri Souza, do Grêmio, e Eduardo Haas (Duda), do Vasco da Gama, Rio de Janeiro, farão uma partida amistosa na sede da entidade, no Passo da Cria, em Montenegro.

De acordo com coordenador da Central Única das Favelas (Cufa) no município, Rogério Santos, o Recreo – Recreio está há 23 anos inserido na comunidade montenegrina, "desenvolvendo trabalhos voltados à recuperação de jovens entre 8 e 17 anos da dependência de drogas e álcool". No momento, são cerca de 22 meninos atendidos. Eles têm aulas pela manhã e, durante o resto do dia, atividades e oficinas. É onde funciona o espaço educacional "Primavera da Alma", projeto inédito no Brasil, visando a inclusão pela educação.

Ainda conforme Santos, crianças e adolescentes tinham dificuldades de acesso à educação formal por estarem internados no Recreo, para tratamento de drogas (crack). Desde o início do ano, Montenegro oferece uma professora e orientação pedagógica da Escola Etelvino de Araújo Cruz, para dar aulas no local. "O espaço educacional conta com salas de acolhimento, multifuncional, aula, laboratório de informática e uma minibiblioteca", frisa.

A partida de futebol de amanhã foi um pedido de Natal dos internos. "Um jogo de confraternização com os futuros craques das categorias de base das principais equipes. Na realidade, é ver de perto algo que eles sempre sonharam em ser", resume Santos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CUFA MONTENEGRO RECEBE O KIT NEGRO RS





Lançado em Montenegro o Kit RS Negro pela jornalista Sátira Machado, atualmente Consultora de Informação da OIT-ONU (Organização Internacional do Trabalho - Organização das Nações Unidas), onde esteve recentemente em Luanda - Angola, capacitando jornalistas para a inclusão da pauta da igualdade de gênero no mundo do trabalho nas mídias.É Curadora e Coordenadora Executiva do Projeto RS Negro da FECI:

O kit RS NEGRO é composto pela 2 ed. do livro “RS Negro: cartografias da produção do conhecimento”; vídeo-documentário “Sou”; revista RS Negro; pôster book RS Negro; CD de aulas RS Negro; CD de áudios “Negro Grande”. Os produtos do Projeto RS Negro estarão disponíveis gratuitamente no www.pucrs.br/faced/educomafro.

O projeto RS Negro: educando para a diversidade é uma realização da Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social do RS (SJDS), da Fundação de Educação e Cultura do Internacional (Feci), com financiamento da Companhia Estadual de Energia Elétrica do RS (CEEE), através da Lei da Solidariedade, que tem a parceria do Educom Afro, da EDIPUCRS, do Codene, da UERGS e do AHRS. O kit do projeto será entregue para as escolas cuprirem a Lei 10.639, que inclui a "história e cultura afro-brasilera" no currículo oficial da rede nacional de ensino.

COLUNA PERIFERIA CONSCIENTE POR ROGÉRIO SANTOS - JORNAL O PROGRESSO

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.
Martin Luther King


SOU VILEIRO COM MUITO ORGULHO

- Tu és vileiro... vileiro e vem reclamar chinelo... vileiro... se esses trocados vai te fazer falta te devolvo... quem és tu para reclamar...
Essas palavras, mas em tom agressivo foi dirigida a mim, no último domingo, por indivíduo que representava o Clube São Pedro, quando fui assistir meu filho na decisão municipal da categoria sub 15, no Estádio Belchior Viana (campo do América), que seria a preliminar da primeira partida decisiva do segundo turno da força livre ou primeiro quadro, entre São Pedro e Municipal, quando perguntei pelo recibo ou comprovante do ingresso que paguei (conforme o código de defesa do consumidor e lei número 10.671, a lei do estatuto do torcedor; tenho esse direito e quem está cobrando tem o dever de fornecer o comprovante, sob pena de lei).
O presidente da Liga de futebol estava organizando os troféus, ouviu tudo, questionei o mesmo sobre os comprovantes, baixou a cabeça, sorriu e fez que não fosse com ele; mas não precisa se posicionar ou ter responsabilidade com o torcedor, para quê? Sem deixar de mencionar que além da liga, ele é presidente do conselho de esporte. E o campeonato é esse exemplo.
Na segunda estive conversando por telefone com o secretário do CONDECON RS, me explicou e passou as duas leis, acima citadas, que me garantiriam uma vitória caso entrasse com uma queixa; salientou que todos os consumidores exigissem os comprovantes o país seria totalmente diferente, pois temos vergonha de exigir nossos direitos. Não foi por covardia que não entrei, sim por respeito, gratidão, ao Clube São Pedro, onde atuei nos finais dos anos 80, sempre fui tratado na maior fidalguia da diretoria, sócios e torcedores; trago as melhores recordações do futebol varzeano Montenegrino. Muito diferente da equipe representava o São Pedro que vi e assisti no domingo.
Mas voltando a questão de vileiro... a primeira vez que vi o indivíduo que achou que me ofendeu, foi há anos atrás, num torneio no campo de areia da Brigada onde era o destaque, por sua velocidade, habilidade e garra no jogo; era o craque do torneio. Daqui a pouco, um policial militar que está na reserva, atualmente, o interveio dizendo que estava de olho nele; ele se defendendo, dizia que era marcação, só porque ele era pobre, mas era trabalhador honesto. Fui em sua defesa, com outras pessoas e essa cena ficou gravada, quando ele tentava me ofender, retornou a minha memória.
Quero dizer, sempre quis ser vileiro, desde a infância, pois as melhores partidas no areão do São João Batista, na colina, no palmeirinhas, enfim, era vila versus vila, muitas vezes não conseguia vaga, por ser do centro, estudar em escola particular. Minha felicidade era quando o Marcos Willers (Zecão), colega de aula, me convidava para jogar no time da vila dele, no Taninão. Com certeza o rapaz usou a palavra vileiro para me ofender, vendo um negro (que no Brasil para maioria significa pobre, ignorante, bandido,...) questionando o seu direito para alguém que tem dificuldade em entender cidadania.
Para terminar sou vileiro com muito orgulho e quero ser vileiro para toda a vida.
Assinado: Vileiro Rogério Santos, jornalista, pós-graduado em marketing e mestre em sociologia.

NOTA BACANA: estive na escola estadual Tanac discutindo com os alunos a respeito da coluna do Jornal O Progresso, o pessoal apresentou interpretações e leituras super interessantes. Valeu .

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

CUFA MONTENEGRO NO PRIMEIRO FÓRUM DE DEBATES SOBRE PREVENÇÃO E ABUSO DE DROGAS NA ESCOLA




A CUFA, representada pelo jornalista Rogério Santos, falou na Universidade Luterana do Brasil - ULBRA, no PRIMEIRO FÓRUM DE DEBATES SOBRE PREVENÇÃO E ABUSO DE DROGAS NA ESCOLA, sobre o Movimento Montenegro Contra o Crack, movimento que é exemplo ao país no combate ao crack, que teve o início com a Central Única das Favelas. Participaram da mesa redonda,coordenada professora doutora Araci Assinalli Luz , Universidade Federal do Paraná; Projeto Crack Nem Pensar, do grupo RBS,de Porto Alegre; Projeto Vida, da Escola Estadual Conego, de Camaquã; Programa Crack: Ignorar é seu vício, do Ministério Público do RS; Frente Parlamentar Antidrogas, da Camara Muncipal de Porto Alegre; Programa CIPAVE, da prefeitura de Caxias do Sul/RS.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ZUMBI VIVE...




"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." Nelson Mandela

Em 20 de novembro se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi escolhida por ser aniversário de morte de Zumbi, nosso maior herói nacional, símbolo da resistência à escravidão, a mais cruel das facetas humanas. Nesses séculos que nos separam de Zumbi, os negros se organizaram, constituindo um movimento que soube manter acesa a chama da liberdade. A escravidão foi abolida, mas continuamos confinados nos porões da desigualdade social e econômica. Foi contra essa injustiça que o movimento negro sempre lutou e agora, posso dizer que a guerra continua intensa, ganhamos alguma batalhas e perdemos outras contra o racismo. Mas estamos mudando.
Que mudança é essa? Sem alarde, sem aviso, os negros trataram de ocupar espaço e conquistar, na prática, o que o movimento negro sempre almejou: ver os negros em movimento. Vencendo o preconceito no cotidiano. Conquistando cargos. Tendo acesso a bens, serviços e posições que nos eram negados. Se antes diziam que para ter sucesso precisávamos ser artistas ou jogadores de futebol – profissões muito dignas, diga-se de passagem – hoje também “jogamos¨, mesmo que timidamente, no campo dos médicos, advogados, engenheiros, executivos e empresários. É muito comum dizer que temos de ser duas vezes mais competentes que um branco para ocupar o mesmo cargo. Pois sejamos!
Não há mais um único Zumbi. Há, isso sim, um Zumbi em cada um de nós, formando esse novo momento: o dos negros em movimento. Zumbi vive!

CUFA/MONTENEGRO/RS participa na Escola José Pedro Steigleder da 1ª Feira de Literatura



A Escola Municipal de Ensino Fundamental José Pedro Steigleder envolveu seus 750 alunos na 1ª Feira de Literatura. O coordenador da CUFA de Montenegro, jornalista e sociólogo Rogério Santos palestrou sobre os projetos e ações da CUFA , em especial sobre os livros Falcão e Falcão, Mulheres no Tráfico, dos autores Celso Athayde e MV Bill. A programação contou também com palestras de escritores locais, com a hora do conto, do circuito esportivo e assistiram a peças teatrais e ao show da Banda Metáforas.
A coordenadora do evento, Liana Marta Kochenborger, que é responsável pela biblioteca da instituição, diz que o evento busca incentivar o hábito da leitura e ainda contribuir para o crescimento pessoal dos alunos. "E esse crescimento resulta num mundo melhor", assinala.

domingo, 26 de setembro de 2010

CUFA DIVULGA MAIS UMA PESQUISA SOBRE O CRACK EM MONTENEGRO


Rogério dos Santos falou sobre os índices de uso do crack diante do público formado por jovens e adolescentes

Nova pesquisa coordenada pela Central Única das Favelas (Cufa) mostra que houve diminuição de 7% do consumo de crack em Montenegro. Os resultados foram apresentados na manhã de ontem, durante evento no Instituo de Educação São José. A pesquisa foi realizada no período de 17 de março a 31 de abril deste ano. O evento também teve a presença da banda Marauê, que fez uma apresentação de reggae para o público.
O coordenador da Cufa em Montenegro, Rogério dos Santos, apresentou os dados. A queda é fruto de uma mobilização que age em quatro frentes, através do Movimento Montenegro Contra o Crack. A diminuição do consumo da droga, em oito dos 18 bairros pesquisados, reflete a ação conjunta de setores da educação, polícia, saúde e agentes sociais. “Os dados da pesquisa Cufa/MCC 2010 mostram que reduzimos significativamente o consumo em alguns bairros neste tempo de trabalho. Claro que estes índices caíram graças a ações desenvolvidas junto ao MCC”, completa Santos.
O coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), Daniel Giron Azevedo, considera que essa diminuição se deve a uma ação conjunta. “Desde o início, apostamos que mobilizar a sociedade em esforços conjuntos na luta contra o crack geraria efeitos de diminuição do número de consumidores. Neste período, o MCC investiu em prevenção, tratamento, em repressão ao tráfico e em conscientização da opinião pública”, explica.
Um bom exemplo do resultado das ações de prevenção e contra o avanço da droga pode ser verificado na Vila Esperança. De acordo com a pesquisa, o número de usuários passou de 5,1% (em 2009) para 2,73% (em 2010). Rogério dos Santos acredita que esses dados resultam de uma série de fatores. Entre eles, destaca a ação do Programa de Prevenção à Violência (PPV) no local.

Situação ainda é preocupante

Embora a pesquisa tenha apontado a diminuição do consumo em alguns pontos, o trabalho não deve parar. O coordenador da Cufa chama a atenção para usuários que mudam de uma “boca de fumo” para outra. Isso se deve à ação da polícia, que fecha os pontos de consumo de droga. É devido a essa movimentação que alguns bairros apresentam certo aumento de usuários.
Os resultados desta pesquisa são bem vindos, mas Daniel Azevedo alerta que a situação ainda é preocupante. “Precisamos continuar este trabalho, articulando os eixos da saúde, social, educação e segurança pública. Os dados da pesquisa são úteis para nortear nossas ações, que são continuamente pensadas, considerando as realidades locais”, completa.

Pesquisa realizada em 18 bairros

Os resultados foram obtidos por meio de uma amostra de homens e mulheres, com idade mínima de 18 anos. No total, foram entrevistadas 510 pessoas. A sondagem foi realizada através da colaboração de estudantes universitários voluntários, que aplicaram o questionário em 18 bairros de Montenegro. Tratou-se de uma pesquisa estimulada, com perguntas preestabelecidas.
Para chegar ao resultado, foi questionado, por exemplo, se o entrevistado conhecia algum usuário de crack. De acordo com Rogério dos Santos, normalmente, eles citavam outros usuários. Por isso, que os números revelam quantidade de usuários bem maior que a de entrevistados. Santos ressalta que os consumidores são flutuantes. Pode ocorrer de o mesmo usuário da droga frequentar dois ou três bairros.

Amostra

Homens: 225 pesquisados
20% de 18 a 21 anos (45)
45% de 22 a 45 anos (101)
35% acima de 45 anos (79)

Mulheres: 285 pesquisados
27% de 18 a 21 anos (77)
52% de 22 a 45 anos (148)
21% acima de 45 anos (60)

Comparativo entre os resultados
Bairro Usuários 2009 Usuários 2010
Aeroclube 120 100
Santa Rita 70 60
São Paulo 50 50
Progresso 35 25
Ferroviário 145 100
São João 20 35
Centenário 90 110
Industrial 170 150
G. Henke 80 60
Bela Vista 65 50
Centro 50 70
Esp./Trilhos 56 30
Santo Antônio 40 65
Timbaúva 20 20
Municipal 30 40
Rui Barbosa 45 45

Total 1086 1011

UMA CONQUISTA COLETIVA DA PERIFERIA







A Vila Esperança, no bairro Senai, está em festa com a inauguração da quadra poliesportiva. A partir de agora, os moradores terão espaço para praticar esportes e enriquecer seus conhecimentos culturais perto de casa, na rua Juvenal Alves de Oliveira.
A entrega da quadra será comemorada com diversas atrações. Das 10 às 17 horas, a comunidade pode assistir o Circo Teatro Girassol, de Porto Alegre, as bandas da Escola Municipal Esperança e do Colégio Estadual Ivo Bühler (Ciep) e o grupo de tango do Colégio Estadual Dr. Paulo Ribeiro Campos – Polivalente, através do projeto Escola Aberta para a Cidadania. Teve ainda apresentações de capoeira e oficina de hip-hop. Já das 19 às 22 horas, ocorreu shows com grupos locais de hip-hop, nativista, pop, sertanejo e gospel.
Rogério Santos,coordenador da CUFA e presidente do Programa de Prevenção à Violência (PPV) em Montenegro, destaca que a quadra poliesportiva foi construída através do PPV, do Governo do Estado, que investiu integralmente cerca de R$ 550.000,00 na obra. O terreno foi doado pela Administração Municipal. Os 955 metros quadrados de área contemplam ginásio de esportes, biblioteca e sala de convivência. A proposta é beneficiar comunidades carentes e que registrem altos índices de violência. Crianças e adolescentes deverão ser envolvidas em projetos socioeducativos e culturais, por meio do esporte e melhorias das estruturas de lazer, saúde e segurança.
Além da quadra para a prática de basquete, futebol e vôlei, a estrutura do prédio ainda terá quatro salas, uma para a administração e almaoxarifado; uma segunda para laboratório de informática e audiovisual; uma terceira para uma sala de reuniões e palestras de 30 lugares e uma última será para o atendimento do Programa Infância Melhor (PIM) e biblioteca.
Para a moradora do bairro, Paula Martins, que tem um filho matriculado na Escola Ivo Bühler (o Ciep), a quadra é uma importante ferramenta para que as crianças deixem de ficar na rua e passem a desenvolver atividades que contribuem para seu desenvolvimento. A programação se estendeu durante a tarde e noite, com várias apresentações, além da confecção de carteiras carteiras de identidade, pelo Instituto Geral de Perícias.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A FAVELA E A PERIFERIA TEM VOZ




Por Celso Athayde – Fundador e secretário geral da CUFA

Estamos num momento de extrema importância para a trajetória política brasileira. É chegada a hora de definirmos novamente os representantes de nossa nação, em espaços como o Palácio do Planalto, o Senado Federal, os Governos dos Estados e as Assembléias Federais e Estaduais. São muitos os candidatos e candidatas que estão numa corrida desenfreada para continuar no poder, para assumir pela primeira vez.
Nesse contexto, fico a imaginar o que essas pessoas têm de propostas concretas para a comunidade da favela. Afinal, quem mora nesses locais, também faz parte da população brasileira que tem certas invasões midiáticas, apenas por um viés mais destrutivo e estigmatizado do que pela construção positiva do que se tem de bom, cultural e social, nesses cantos externos ao asfalto.
Nota-se, portanto, que nossa imprensa, seja ela falada ou escrita, mesmo com algumas aberturas, segue e prevalece o mesmo script: expõe as cenas de arruaça pública e apresenta, quando se apresenta, apenas duas únicas versões para as tragédias que circundam o cotidiano de nossas comunidades. Uma das versões, não menos importante, é a da polícia, alegando que o povo da favela tem ligação com o tráfico, dando a entender que em caso de mortes, essas mortes são resultantes de confrontos diretos e que, portanto, ocorrem em legítima defesa. Claro, tudo em nome da legítima sociedade oficial.
A outra versão, pouco menos divulgada, é a do povo que mora nesses bolsões de pobreza. Esse sempre afirma que há em nossos cantos, trabalhadores e estudantes, muitos deles nada tem com o tráfico, muitos não, quase todos. . Constrói-se, assim, uma imagem cínica que vai embotando a capacidade de discernimento da situação, tanto na cidade como nos territórios.
E ai, o que fazer? Eu não sei, as vezes nem quero mais avançar com os trabalhos da CUFA, pois apensar dos avanços é sempre deprimente o resultado geral , do coletivo nacional. O que fazemos impacta , mas o que vemos , nos deprime. Mas ao menos devemos saber o que queremos, que é mudar essa realidade. Para isso, propomos a criação de uma via de mão-dupla na construção de novas políticas públicas para a favela.
Queremos que a favela conte os seus desejos, suas lutas diárias e que, juntamente com os governantes, sim, com eles sim, possam influenciar diretamente na proposição da sociedade justa, solidária, igualitária e constantemente sonhada. Puta merda, essas frases jargão é igual a lixo, no geral pode jogar fora , mas se fuçar pode ter algo que se possa aproveitar . Mas no fundo é o que desejamos mesmo.
De qualquer forma, não é possível deixar de considerar que as condições de vida das populações miseráveis do mundo, vão continuar sendo a base dos discursos direcionados para grandes projetos governamentais e em eventos multilaterais, constitui sem dúvida uma conquista dos vários segmentos da sociedade civil que, de meros receptores das benesses do Estado, se transmutaram em sujeitos políticos.
Colocada a questão nesta perspectiva, vemos o crescimento das favelas nas redes de relações que resultam destas novas mobilizações. Em outras palavras, passamos agora, para o reconhecimento de que a atuação de determinadas ONG´s oriundas do próprio contexto de povo e que resulta em novas demandas geradas, e as relações com o poder público vem respondendo em termos de formulação e implementação de políticas sociais.
E fiquem espertos , pois, existe uma tendência da mídia e da sociedade que não vai aceitar que alguns setores sociais se movimentem. Eles acreditam que as organizações da parte baixa da pirâmide social devem ficar lutando somente para colocar telefone comunitário na favela, e que as ONGs do asfalto devem sim, continuar falando em nosso nome, reproduzindo a velha e conhecida pratica.
Por fim, neste recente resgate da temática dos direitos humanos, articulado ao processo de democratização, parece apontar para o esgotamento da metáfora da guerra e indicar novos caminhos para a construção da favela que queremos. Na verdade nem queremos favelas, eu e a CUFA pelo menos não queremos, assim como não queremos PAC e favelas bairros. Queremos sim, um grande equilíbrio social de forma que esses espaços de degradação humana, simplesmente desapareçam. Mas já que elas estão ai, então a luta é para humanizá-las.
Por isso é importante, muito importante, que os candidatos a todos os cargos eletivos vejam as favelas de outras maneiras e para isso a favela precisa se organizar, propor e cobrar propostas e claro, exigir o cumprimento dos compromissos assumidos.
Achamos por exemplo que é importante a ida dos presidenciáveis na FIESP, programas de TV, e em tantas outras frentes políticas. Mas e na favela ? por isso que nós estamos fazendo esse ano mais uma rodada de debates com os presidenciáveis , entre eles Dilma , Marina e serra . O Objetivo não é apenas receber uma visita, mas fazê-los ver que estamos nos organizando, que temos opinião e não precisamos de intermediários.
Esse ano vamos ainda ter uma novidade. Ao recebê-los vamos transmitir as propostas ao vivo, pois o nosso objetivo não são as melhorias na Cidade de Deus, a final favela é igual em toda parte, ainda que alguns prefiram chamar de palafitas, vilas, morros, assentamento ou comunidade. O fato é que a política que vale para a CDD vale para todo o Brasil.
Por fim, vamos abrir a partir de segunda-feira, no site da CUFA, um espaço para que as favelas do Brasil possam se manifestar e parte desse sentimento passaremos as mãos dos candidatos e parte ficará no site da instituição. Não podemos garantir que o nosso futuro presidente (a) vai cumprir suas palavras , mas podemos garantir que só seremos respeitados enquanto cidadãos se tivermos voz , e temos , só precisamos ser ouvidos .

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ministério Público doa exemplares da obra Os Zumbis da Pedra






Alunos de 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental da Escola Municipal Cinco de Maio ganharam mais uma ferramenta que servirá de auxílio no combate ao uso de drogas. Além do projeto "É preciso saber viver – o que é preciso para cuidar da vida", desenvolvido pela instituição de ensino, livros serão utilizados como forma de alertar os jovens sobre os riscos do envolvimento com entorpecentes.

Cinquenta exemplares da obra Os zumbis da pedra, de Manoel Soares e Marco Cena, foram entregues, pela promotora de Justiça Graziela Lorenzoni aos estudantes. "Ler e estudar são as melhores formas de progredir na vida. Espero que esses livros sirvam de estímulo para que os alunos digam não ao crack", disse.

Para a vice-diretora da escola, Juliane Pinheiro, as obras chegaram em um bom momento. "O foco complementa o eixo de trabalho do nosso projeto, que é a valorização da vida", destacou. Segundo ela, a utilização dos livros se dará com leituras dirigidas e, também, "de acordo com a criatividade de cada professor." A doação dos exemplares foi realizada pela Associação do Ministério Público do Estado, atendendo ao pedido dos integrantes do Movimento Montenegro Contra o Crack .

EQUIPE DA TV BRASIL FAZ REPORTAGEM COM A CUFA MONTENEGRO/RS SOBRE O CRACK


Repórter Big Richards, da TV Brasil , com o pessoal da CUFA


Equipe da TV Brasil , de Brasília, estiveram fazendo uma série de reportagens sobre o combate do crack na cidade de Montenegro, onde a CUFA local foi idealizadora de um movimento "Montenegro Contra o Crack", que mobiliza toda a comunidade ao combate dessa epidemia que está devastando jovens no país. O especial irá ao ar no dia 20 de agosto .

quinta-feira, 24 de junho de 2010

CUFA APÓIA RAP É COMPROMISSO EM MONTENEGRO/RS




A batida do hip hop tomou conta da Sociedade Floresta Montenegrina no domingo. “Rap é Compromisso” reuniu DJs, grafiteiros, dançarinos de break e os “manos” que “curtem” o gênero. O evento já passou por diversos municípios e acontece pela primeira vez no município. É organizado pelo produtor cultural Rubem Sandro, conhecido como White Jay, também apresentador do programa Hip Hop Sul, exibido pela TVE RS. Em Montenegro, conta com o apoio de Pedro Silva, ativista da CUFA Montenegro,também conhecido como MC Pedrão.
Muitas atrações passaram pelo palco da Floresta, como Enxame (atração nacional)Sba, Espelho da Periferia, Alvo Periférico, Ideologia Social, White Jay, Cpi e b-boys. Além disso, no local, ocorreu o início da gravação do DVD “MC Pedrão guerrilheiro da periferia”, que conta a trajetória deste ativista do movimento hip hop há mais de 25 anos. A produção deve contar com depoimentos e músicas de diversos grupos gaúchos. O DVD será lançadoem outubro. “É um momento muito especial ter esse reconhecimento vindo nesse DVD. É um sonho se realizando”, revela.
De acordo com o MC Pedrão, “Rap é compromisso” é um espaço para os grupos mostrarem seu trabalho e a força do hip hop gaúcho. “O movimento está se fortalecendo e, a cada dia, com mais atitude”, acredita. O evento tem o apoio do Departamento Municipal de Cultura, Prefeitura de Montenegro, Enxame Produtora, Central Única das Favelas (Cufa), Pjh Eventos, Feijão Records, Canal 53, programa “Tô na banda” e Hip Hop Sul da TVE.

MATÉRIA NO JORNAL IBIÁ - MONTENEGRO/RS - DIA 21/06/2010


Boas sementes germinam na periferia
Simone Gasparoni


As iniciativas de combate ao uso de drogas estão brotando especialmente nas comunidades periféricas da cidade, maiores afetadas por esse malefício. Ações como as desenvolvidas pela Central Única das Favelas (CUFA-RS) – Base Montenegro – são alguns dos exemplos que mobilizam crianças, adolescentes e adultos a dizer não às drogas e sim à vida.
A Cufa instalou sua base na cidade em setembro de 2008, com objetivo de desenvolver programas sociais nos bairros montenegrinos. De lá para cá, idealizou a campanha “Montenegro contra o Crack”, após realizar uma pesquisa de caráter social que apontava o alto índice de consumo e de tráfico da droga no município e de ouvir relatos de mães que pediam uma solução para que seus filhos se livrassem do vício. A campanha foi lançada em março de 2009 por empresários, Prefeitura, Ministério Público, Brigada Militar e Polícia Civil. O movimento atua em quatro eixos: saúde, educação, segurança e social.
Em 2008, a pesquisa foi aplicada por estudantes da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Agora, em 2010, foi feita uma nova pesquisa por acadêmicos da Ulbra e do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter). O resultado será divulgado, possivelmente, depois da 3ª Expomonte, que acontecerá de 23 de junho a quatro de julho, no Parque Centenário.
Cufa: inclusão social eleva a autoestima
A Cufa vem desenvolvendo ações de prevenção às drogas e à violência na travessa José Pedro Steigleder, bairro Cinco de Maio, e no Mutirão e na Vila Esperança, comunidades do bairro SENAI. Mais de 60 mulheres já concluíram as oficinas de capacitação profissional que integram o projeto Maria, Maria, da Cufa, coordenado por Mariléa Vargas da Silva.
Quem freqüentou as aulas aprendeu a tricotar customizar roupas, fazer crochê e se especializou para tratar e embelezar as unhas das mãos e dos pés, na oficina de manicure e pedicure. Para a garotada, foram proporcionadas várias atividades, como encontros de hip-hop e de basquete de rua.
A proposta da instituição, para o segundo semestre deste ano, será a de ampliar sua área de abrangência. Está nos planos contemplar os bairros Centenário, Olaria e Germano Henke. A promoção de aulas de taekwondo é uma das atividades previstas. Futuramente, a Cufa pretender disponibilizar uma “bicicloteca” (bicicleta com livros) para disseminar o hábito de ler nas comunidades.
Na Travessa José Pedro Steigleder, estão sendo programadas novas ações. “Nosso sonho é de desenvolver atividades de basquete com as crianças e sobre o meio ambiente”, diz o coordenador da Base Montenegro da Cufa, Rogério dos Santos. “Nesse tempo de Cufa, foram realizadas mais de 125 palestras, sendo 78 fora do município e oito fora do Estado. Palestras sobre drogas, comportamento dos jovens da periferia e situação das favelas”, ressalta. Santos é formado em Jornalismo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e com MBA em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
PPV e Proerd: parceiros das comunidades
Rogério dos Santos lembra ainda o importante trabalho que é desenvolvido na cidade pelo Programa de Prevenção à Violência (PPV), do Governo do Estado. “O PPV escolheu o bairro SENAI como zona de paz para atuar com seus programas.” Através do PPV, está sendo construído um ginásio poliesportivo na rua Juvenal Alves de Oliveira, na Vila Esperança. As obras devem ser concluídas até o final do mês.
O coordenador destaca também que há 100% de prevenção nas escolas montenegrinas. “Todas as crianças em idade escolar já sabem o que é o crack.” Além disso, os estudantes têm contato com o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), da Brigada Militar.
Serigrafia é aposta para gerar empregos
A Base Montenegro da Cufa está em tratativas com a Prefeitura de Montenegro para conseguir uma sede em um bairro da cidade. Outra novidade é que a instituição está para receber uma emenda federal, para implantar uma serigrafia em um bairro do município, o que possibilitará a geração de empregos. E também aguarda recursos referentes a uma emenda da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), orçada em R$ 100.000,00, para que possa ampliar seus projetos sociais no Mutirão e na Vila Esperança. A Cufa-RS distribuirá esse valor entre suas bases no Estado

quarta-feira, 14 de abril de 2010

CINECUFA - DA PERIFERIA PARA O MUNDO

Por Cristiana Richard

A partir de uma palestra de Cacá Diegues no Fórum Permanente da Cufa, é despertado o interesse pelo audiovisual. Foi percebido que o hip hop é importante, mas não poderia ser a única referência. A missão era maior, era contribuir para que os jovens se organizassem ainda mais sem abrir mão de seus protagonismos. E assim em 2004 é criado oficialmente o primeiro Núcleo de Audiovisual da Cufa, situado na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro.
O curso de audiovisual conta desde sua criação com os mais renomados professores da área, como Cacá Diegues, Ivana Bentes, Rafael Dragaud, Paula Lavigne e Silvio Tendler, entre outros. Permite que jovens façam seus filmes com uma visão da favela, de como a periferia vê o mundo. Também é uma porta a mais para estes jovens no mercado de trabalho, como a parceria com a produtora “Luz Mágica”, de Cacá Diegues.
O núcleo de audiovisual da Cufa que reúne diretores, produtores, técnicos e roteiristas, em sua maioria, formados pela instituição, é internacionalmente reconhecido pelo premiado documentário "Falcão - Meninos do Tráfico", de Celso Athayde e MV Bill.
Renata Athayde é uma ex aluna do curso de audiovisual e hoje trabalha na produtora “Aquarela Filmes”, no Rio de Janeiro. Renata conta que o mais importante para ela no curso foi a oportunidade de colocar em prática o que se aprende – “Os alunos começam a ter uma noção do que realmente é produzir, filmar e dirigir. É uma tremenda responsabilidade e de fato uma grande chance.” Renata diz também que todos deveriam aproveitar a oportunidade única – “Acho que os alunos do curso devem tirar proveito de todas as aulas e principalmente dos professores do curso que são profissionais que atuam diariamente nesse mercado e tendem a passar todas as experiências, o que pode acontecer até mesmo de trabalharem juntos em algum projeto no futuro.”Criar o Festival Internacional de Cinema - o Cinecufa, foi uma maneira de atender a demanda destas produções do curso, foi uma porta de saída. O festival também tem o propósito de mostrar aos jovens o que está sendo produzido no mundo todo, servindo de referência para estes jovens. Com o movimento do Cinema Novo na década de 50, um cinema mais realista, a favela foi retratada diversas vezes. Mas a proposta do Cinecufa é inverter esta posição, com a favela mostrando por ela mesma seu retrato, contando sua história e o que pensa do mundo.
O Cinecufa impulsionou a expansão das Cufas internacionais, haja vista que o festival recebia produções de favelas do mundo todo, percebeu-se a necessidade da Cufa no exterior. A Cufa internacional hoje está presente em mais de dez países, entre eles: Áustria, Itália, Estados Unidos, Bolívia e Colômbia.
O Núcleo de Audiovisual da Cufa inspirou outros projetos de cinema, além do CineCufa do Rio de Janeiro. Existe a mostra itinerante “Ver Favela”, RJ, que exibe produções feitas pelos alunos nas comunidades; “Cine Periferia Criativa”, DF, que é uma mostra de vídeo que tem como objetivo difundir a cultura da periferia (acesse o site: www.cineperiferia.com); “Cine Teles Pires”, MT, que visa a democratização do acesso a obras audiovisuais, com ênfase na produção brasileira; “Cine Crioula”, MA, que está em fase de construção.
O Cinecufa está em sua quarta edição onde o pré-requisito para exibição é a favela ser a protagonista. O festival acontece no Centro Cultural do Banco do Brasil – RJ em julho, com entrada gratuita.
Para saber mais acesse o site www.cinecufa.com.br.

Cufa Montenegro promove palestra em Barão/RS






A Central Única das Favelas (Cufa), nessa vez através da base de Montenegro, continua promovendo ações para diminuir o números de usuários de droga nos municípios. Em Barão, na serra gaúcha, o jornalista Rogério dos Santos , que é coordenador executivo da Cufa, palestrou na Escola Estadual I e II Grau Assunta Fortini onde falou sobre drogas e o dia a dia dos jovens nas periferias; acompanhando o coordenador executivo, estava o MC Pedrão que cantou alguns rap aos alunos.
Alunos do turno da tarde se reuniram no auditório para ouvir o que o jornalista iria dizer. Santos afirma que esse encontro não é uma palestra, mas uma reflexão com os jovens, a fim de que eles encontrem, em seu cotidiano, armas para combater o crack. "Já está provado que não existe tratamento médico para atender a todas as pessoas envolvidas, então a prevenção é uma das poucas saídas ao combate dessa avassaladora droga", salienta.

BICICLOTECA CUFA





'BICICLOTECA'


Enfim o sol brilhou no céu, depois de tantas chuvas para abrilhantar ainda mais o novo projeto da Cufa, a Bicicloteca. A Bicicloteca foi inaugurada neste domingo na Cidade de Deus. O projeto é uma bicicleta que leva livros diversos até os moradores de graça e visa incentivar a leitura entre os moradores da comunidade. O evento contou com a presença das atrizes Camila Pitanga, Mariana Ximenes e Heloisa Perissé.

A idealizadora do projeto, escritora e professora da Cufa, Manuela Dias explica que a idéia do projeto é expandir para todas as Cufas do Brasil.

Se você quiser ajudar o projeto doando livros ou assinatura de revista, mand um e-mail para: contato@cufa.org.br

FAVELA TEM VOZ, SÓ PRECISA SER OUVIDA




O que os moradores das favelas pensam sobre as tragédias causadas pelas enchentes em todo Brasil nos últimos meses? O que está faltando para esses problemas não se repetirem nas próximas chuvas? O que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida dos moradores de favelas, palafitas, periferias, assentamentos, comunidades populares e etc. A CUFA -Central Única das Favelas- quer saber o que eles pensam, quer ouvir a voz da favela, e você quer ouvir?
Com sua participação, uma pesquisa inédita será realizada pela Cufa em parceria com IBPS (Instituto Brasileiro de Pesquisa Social). Usando a entrevista como método e ouvindo 2.000 moradores de todo país, ouvindo o que eles têm a dizer sobre os temas que consideram mais relevantes e urgentes para a construção de uma Agenda Política e Social.

A pesquisa será realizada com total transparência, tendo um valor estipulado de R$ 70.000,00 (setenta mil reais). Para garantir a ação, precisamos mobilizar muitos parceiros, uma vez que não desejamos verba pública para que não haja dúvidas sobre o resultado. Ajude-nos a ouvir a voz da favela! Contribua com o mínimo de R$ 5,00 (cinco reais) diretamente na conta do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social, e mande sugestões de temas e perguntas para o e-mail pesquisacufa.ibps@cufa.org.br.
Informamos que a pesquisa será iniciada a partir da obtenção do valor integral.



FAVORECIDO: IBPS CONSULTORIA E PESQUISA LTDA
CNPJ: 04.967.411/0001-01
BANCO: UNIBANCO (409)
AGÊNCIA: 0190 (Agência Avenida)
CONTA CORRENTE: 213.664-5

domingo, 11 de abril de 2010

CUFA MONTENEGRO PARTICIPA DO DIA MUNDIAL DA SAÚDE







Para marcar o Dia Mundial da Saúde, celebrado no dia 07 de abril, o Espaço Vida Unimed , Serviço Social do Comércio (Sesc) de Montenegro e Central Única das Favelas - CUFA se uniram na promoção de várias atividades. Durante toda a tarde, serviços como verificação de pressão e peso, oficinas de basquete, câmbio, jump, caminhadas orientadas e shows de Hip-Hop da CUFA e grupos da cidade foram oferecidos à população. A beleza natural do Parque Centenário foi o cenário escolhido para desenvolver a primeira atividade realizada em conjunto pelas entidades.
De acordo com uma das coordenadoras do evento e conselheira do Clube Sesc Maturidade Ativa, Camilla Krein, a programação vai ao encontro da proposta do Sesc, que trabalha com saúde, cultura e lazer. “Tudo isso proporciona saúde, tanto mental quanto física. As pessoas precisam estar de bem consigo mesmas para estarem com a saúde em dia”, afirma. Conforme a coordenadora do Espaço Vida Unimed, Rosmari Pagnussat, cerca de 200 pessoas passaram pelos estandes montados no Parque Centenário, ao longo da tarde de ontem, entre os serviços de saúde e comercialização de produtos naturais. “Todos os participantes estão procurando os serviços oferecidos”, destaca a coordenadora. Ela também enfatiza a importância de alimentação balanceada, atividade física e controle do estresse como rotina. “Todos esses aspectos contribuem para uma vida saudável.”

domingo, 4 de abril de 2010

CUFA RS & CRACK NEM PENSAR



CUFA RS entra em nova fase, assim como a campanha. Será uma das 20 instituições beneficiadas pela FMSS e Grupo RBS.

O lançamento


Foi o lançada a 2ª fase da Campanha Crack Nem Pensar.

Lançada em maio de 2009, a campanha ajudou a contabilizar vitórias contra o crack. Entre elas, o aumento de 90% no índice de apreensão da droga no Rio Grande do Sul e de ligações ao Viva Voz (Serviço Nacional de Orientações e Informações sobre a Prevenção do Uso Indevido de Drogas) no Estado e em Santa Catarina.

A ofensiva institucional contra a pedra que consome vidas de usuários e arrasa famílias ganha um novo impulso. A campanha Crack, Nem Pensar entrou hoje em sua segunda fase, durante a exibição do 12ª edição do Painel RBS.

No Rio Grande do Sul, o debate foi transmitido ao vivo pela TVCOM e pela Rádio Gaúcha e pela no site www.painelrbs.com.br.
Presente no estúdio estavam Maria Dinora Rodrigues, Coordenadora de Projetos e Manoel Soares, Coordenador Geral da CUFA no RS.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, autoridades, especialistas e convidados participaram do encontro.

Na abertura, o presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky, apresentou a estratégia da campanha para 2010 e chamou a comunidade a se engajar de maneira objetiva da luta contra o crack.

Novidades para 2010

Uma das novidades para 2010 é a adoção de projetos sociais de prevenção ao uso de drogas, especialmente o crack. Sob a coordenação da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (FMSS), 20 instituições gaúchas e catarinenses, localizadas nas 18 regiões de atuação da RBS, serão beneficiadas com até R$ 20 mil, dependendo da mobilização de suas comunidades. As doações podem ser feitas por pessoas e empresas no Portal Social (www.portalsocial.org.br). Ao completar R$ 10 mil, a FMSS dobra o valor arrecadado. No final, a mobilização poderá resultar na destinação de até R$ 400 mil.

A CUFA RS está participando com o projeto Jornada Preventiva que tem como objetivo promover um circuito de prevenção, utilizando como ferramenta atividades e oficinas culturais que estimulem a prevenção ao consumo de crack no bairro Morro Santa Tereza.

Alguns dos resultados esperados é:

1) Sensibilizar através das oficinas e atividades culturais a prevenção ao consumo de crack.
2) Democratizar conhecimento e apropriação do tema, bem como a Campanha que o Plano de Investimento compõe, para que os envolvidos possam ser futuros multiplicadores de prevenção
3) Envolver a comunidade de 2 escolas estaduais do bairro nas atividades ampliando o publico alvo final atingido.


Campanha na internet


- No site www.cracknempensar.com.br é possível ficar por dentro das notícias, fazer download de palestras educativas e de materiais da campanha (logotipo, adesivos, cartazes, vídeo, cartões virtuais).

- No Twitter, siga @crack–nempensar e use a hashtag #cracknempensar para espalhar a iniciativa. Para apoiar a causa no Facebook, acesse o link disponível no site da campanha.

Como doar


- 20 instituições gaúchas e catarinenses, localizadas nas 18 regiões de atuação da RBS, serão beneficiadas com até R$ 20 mil, dependendo da mobilização de suas comunidades. As doações podem ser feitas por pessoas e empresas acessando o Portal Social (www.portalsocial.org.br)

quinta-feira, 4 de março de 2010

HGT CONTAGIA MONTENEGRO


O parque Centenário de Montenegro recebeu no domingo a clínica de basquete HGT, onde vários candidatos gravaram seu vídeo para concorrer uma sonhada vaga nos HARLEM, o evento teve a coordenação do MC Pedrão e do professor Tiago. Iniciadas em Janeiro, as clínicas da seletiva para escolher o representante brasileiro do time de basquete mais famoso do mundo, o Harlem Globetrotters, estão agitando os basqueteiros profissionais, iniciantes e curiosos. Isso não é à toa, o felizardo escolhido, além de viajar pelo mundo fazendo apresentações, jogará com feras do basquete arte internacional. O sonho de estar nas quadras americanas levou diversos basqueteiros nesse sábado para gravar seu vídeo, alem de chamar a atenção de Dezenas de pessoas que estiveram presentes para assistir a gravação dos vídeos que pode levar um basqueteiro gaucho às quadras americanas. Os 10 finalistas do Brasil irão treinar juntos em São Paulo no período de 07 a 18 de abril. Dia 18 de abril serão escolhidos os 04 melhores participantes e no dia 24 teremos a grande final no programa do CALDEIRÃO DO HUCK.

segunda-feira, 1 de março de 2010

MATÉRIA JORNAL IBIÁ - 01.03.2010



Comunidade do bairro Senai em ume dos eventos culturais promovidos pela CUFA


Maria, Maria contemplará os bairros Industrial e Germano Henke

Simone Gasparoni

A Central Única das Favelas (Cufa) – base Montenegro – pretende, este ano, estender suas ações para mais bairros, conquistar uma sede e fortalecer seus projetos junto às comunidades. Implantado em 2009 no bairro Senai, especialmente nas vilas Esperança e Mutirão, o Maria, Maria abrangerá, nos próximos meses, as mulheres dos bairros Industrial e Germano Henke. O projeto, coordenado pela professora Mariléia Vargas, é destinado a incrementar a renda familiar através de oficinas de capacitação.

Nos últimos meses, a Cufa promoveu o Circuito Cine Periferia (que passou por vários bairros), Basquete de Rua, oficinas de audiovisual, Hip-Hop e Circuito Pixaim. Também produziu um CD de rap.

A Cufa é uma instituição sem fins lucrativos, fundada em novembro de 2005, no Rio Grande do Sul. Em alguns estados do país, existe há mais de 10 anos. A organização tem como meta diária estar integrada à sociedade e ser reconhecida como uma alternativa diferenciada na busca de soluções viáveis para amenizar os problemas sociais, econômicos e culturais. Para isso, realiza projetos sociais e culturais através de ferramentas da comunicação, como arte, esportes e educação para a cidadania. "A Cufa foi a idealizadora da campanha Montenegro contra o Crack, que continua através de uma rede de parceiros e tenta combater as mazelas que atingem a população da periferia", lembra o coordenador da Base Montenegro da Cufa, Rogério Santos.

Contatos com a instituição podem ser feitos pelo e-mail rogeriocufamontenegro.rs@gmail.com ou www.cufa.org.br. "Entre em contato e será muito bem-vindo", convida Santos, chamando a população.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CUFA MONTENEGRO NA ASSINATURA DO GINÁSIO POLIESPORTIVO DA VILA ESPERANÇA




Quadra disponível até junho
Sobre o PPV, Breda disse que era o mais importante entre os programas do Governo Estadual. Após assistir a uma apresentação de hip-hop das crianças da Esperança, palco da cerimônia, o secretário elogiou o trabalho do articulador da CUFA, MC Pedrão. "É isso que é o PPV", declarou. As primeiras movimentações no pátio, ao lado do Centro Comunitário da Vila Esperança, iniciaram naquele momento.

A previsão é que a quadra poliesportiva esteja concluída em quatro meses. O prefeito de Montenegro, Percival de Oliveira (PMDB), apontou que o espaço não estará disponível apenas para as crianças, mas para toda a comunidade. O presidente do Programa, comissário de Polícia Amoreti Tavares, ressalta que cabe à população se organizar para desfrutar efetivamente dos benefícios que o espaço.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

CUFA entra com ação publica contra consul do Haiti

A CUFA - Central Única das Favelas vem tornar público que entrou com uma representação junto ao Ministério Público de São Paulo solicitando instalação de inquérito por conta das declarações proferidas, em rede nacional pelo Srº Gerge Samuel Antoine, cônsul geral do Haiti em são Paulo. Nesta mesma data informamos que estamos apresentando noticia crime nos seguintes órgãos: Embaixada do Haiti - Ministério da Justiça - Ministério de Relações Exteriores - Seppir - Secretaria Especial de Politicas de promoção para Igualdade racial - Direitos Humanos - Secretaria Nacional de Segurança - Presidência da Republica - Casa civil.


Segue documento




São Paulo , 20 de janeiro de 2010.


EXMO. SR. PROMOTOR DE JUSTIÇA DO MINISTÉRIO PUBLICO DO ESTADO DO RIO DE SÃO PAULO

Central Única das Favelas- CUFA DO BRASIL, inscrita, vem apresentar notícia-crime contra Gerge Samuel Antoine, cônsul geral do Haiti em São Paulo, esperando sejam averiguados os fatos a seguir narrados e, eventualmente, instaurada a competente ação penal pública incondicionada.
O cônsul do Haiti em São Paulo, Gerge Samuel Antoine, apareceu em reportagem exibida na noite da última quarta-feira, dia 13 de janeiro, no programa de televisão "SBT Brasil", exibido em rede nacional, dizendo que o recente terremoto que atingiu o Haiti, causando imensa destruição e morte de milhares de pessoas, estaria "sendo bom" para seu trabalho e que a tragédia poderia ter ocorrido por causa da religião praticada por boa parte dos haitianos, descendentes de africanos, os quais são qualificados como amaldiçoados.
Nos termos do vídeo que acompanha esta notícia-crime, o cônsul afirmou: "A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido. Acho que de, tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo... O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá fudido." http://audienciadatv.wordpress.com/2010/01/15/video-jornalismo-do-sbt-denuncia-consul-haitiano-preconceituoso/

Diante disso, a CUFA - Central Única das Favelas, entidade representativa em todo território nacional e com bases internacionais, considerando 1) a eventual prática de crimes de preconceito racial e religioso, tipificados no artigo 20, da Lei 7.716, de 05 de janeiro de 1989; 2) considerando ainda que a ocupação de cargo de cônsul honorário não gera imunidade diplomática; e 3) considerando que a prática do eventual crime teria se dado em rede nacional de televisão; vem requerer a instauração de inquérito para averiguação dos fatos narrados e, eventualmente constatada a prática de crime, instauração da competente ação penal pública incondicionada.
São Paulo , 20 de janeiro de 2010.

Central Única das Favelas do Brasil - CUFA

DANILLO - BA - Presidente
KALINE LIMA - PB - vice – presidente
PRETO ZEZE - CE – articulador nacional
DINORA RODRIGUES - RS - conselheira
MV BILL - RJ - presidente de Honra
KARINA SANTIAGO - MT - Direção Nacional
NEGA GIZZA - Coordenação Rio de Janeiro
ANNA SABBAGG - Coordenação - SP

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Moção de repudio

Historicamente todos os símbolos que traduzem a herança africana foram usurpados, relegados à condição de subalternidade e negados do processo de contribuição da formação da cultura brasileira, a exemplo disso citamos a religião. Homens e mulheres tiveram que criar formas de resistência e camuflar sua fé, originando ao que conhecemos como sincretismo religioso. Pois bem, o bonde da história se movimenta e hoje seguidores e seguidoras das religiões de matriz africana em todo país, engrossam as fileiras da luta contra a intolerância religiosa, se pautando inclusive na Constituição brasileira, quando garante a liberdade de culto. É preciso rememorar que a perseguição religiosa culmina em várias formas de violência, ferindo os direitos da pessoa humana.
Neste contexto de releituras e circularidade cultural, surge o inaceitável, duras manifestações de preconceito a cultura africana na diáspora conjugada a requinte de crueldade de colarinho branco. Tudo traduzido no nefasto comentário do cônsul geral do Haiti em São Paulo, o Srº Gerge Samuel Antoine, que em meio à comoção mundial pelo duro golpe que a natureza deu no Haiti e que arrasou vidas, repartiu famílias e dilacerou o resquício de esperança do povo haitiano, disse "A desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui, fica conhecido. Acho que de, tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo... O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano lá tá f..." (fonte: SBT Brasil)
Num momento em que o mundo volta sua solidariedade para o povo do Haiti, os negros do Haiti, deve ser repugnada qualquer manifestação de racismo, preconceito e ódio à cultura religiosa de matriz africana, extensível a todos os brasileiros. Assim, a infeliz manifestação do cônsul não pode ser desculpada, e se for pelo governo brasileiro, não o será em nome dos mais diversos movimentos sociais nacionais, notadamente porque entendemos que esse pedido de desculpas se dá pelo fato do seu pensamento ter se tornado público, nada mais. Ter em nossas terras um homem que semeia o desamor e o oportunismo selvagem, sobretudo, num momento de dor, é como cultivar um câncer em nosso país. Não basta ter que conviver com os nossos racistas ainda vamos ter de nos omitir sobre essa reprovável manifestação de racismo?Até quando vamos ter que conviver com o mito da igualdade racial e as várias facetas que o preconceito apresenta?
Neste sentido a CUFA - Central Única das Favelas, entidade representativa em todo território nacional e com bases internacionais (Alemanha, Argentina, Áustria, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, Hungria, Itália, Paraguai, Portugal, USA e Angola), vem por meio dessa moção solicitar ao governo brasileiro que encaminhe esse senhor a acalmar todo seu sentimento em outras terras e que assim seja imediatamente convidado a deixar essa casa nação brasileira, bem como, o afastamento imediato do cargo que ocupa, por ser incompatível com suas convicções racistas, desumanas e contrária a cultura da paz. É preciso que as instâncias de poder se posicionem e intervenham, como símbolo de respeito aos ossos irmãos e irmãs haitianas, à dignidade do povo brasileiro e como resposta as agressões proferidas à cultura advinda de África, pois somos parte dela mesmo que neguem.
Por fim, nos negros e não negros brasileiros e brasileiras afirmamos que não temos nenhuma maldição e como tal desejamos a ele toda a sorte e felicidade do mundo em outra missão que não seja a de representar os negros do Haiti em território brasileiro. E se ainda assim o Srº Gerge Samuel Antoine continuar como referência do povo do Haiti no Brasil então deveremos reconhecer que realmente somos um povo amaldiçoado.


CUFA
Central Única das Favelas