terça-feira, 14 de julho de 2009

COORDENADOR DA CUFA/RS MANOEL SOARES CONQUISTA O PRÊMIO DA SOCIEDADE INTERAMERICANA DE IMPRENSA (SIP) COM A SÉRIE DE REPORTAGENS "A EPIDEMIA DO CRACK


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Ao revelar o avanço aterrador do crack na sociedade gaúcha, a excelência do jornalismo praticado em Zero Hora obteve o reconhecimento de uma das principais premiações das Américas. A série de reportagens “A Epidemia do Crack” conquistou o prêmio da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) na categoria Jornalismo em Profundidade.

Conforme a SIP, a série chamou a atenção pela forma como apresentou o drama humano da droga e contextualizou sua expansão no Rio Grande do Sul – já em julho do ano passado.

A entrega das 11 categorias do Prêmio Excelência Jornalística 2009 ocorrerá em novembro, em Buenos Aires, na Argentina, durante a 65ª Assembleia Anual da SIP. O anúncio oficial foi feito ontem, em Miami (EUA), pelo presidente da Comissão de Prêmios da instituição, Fabricio Altamirano.

– A qualidade dos trabalhos reflete o alto nível do jornalismo que se realiza na América Latina e na América do Norte – disse Altamirano.

A série “A Epidemia do Crack” foi realizada pelos repórteres de ZH Itamar Melo e Patrícia Rocha. Durante dois meses de investigação, eles conversaram com dezenas de dependentes, ouviram especialistas, questionaram autoridades e visitaram cidades assoladas pela droga. A reportagem também contou com a participação, por meio de artigos diários, do repórter Manoel Soares, da RBS TV.

Em 25 páginas publicadas ao longo de oito dias consecutivos, “A Epidemia do Crack” demonstrou que a droga estava presente em todas as classes sociais e faixas etárias, destroçando famílias, convulsionando comunidades, produzindo caos no sistema de saúde e desencadeando ondas de violência.

Entrevistas com juízes de Direito, médicos, universitários e empresários que tiveram a vida esfarelada pelo vício mostravam que já não havia nenhuma barreira para a droga: o crack estava instalado na alta sociedade.

A série já havia vencido o prêmio de reportagem da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e está no livro 45 Reportagens que Fizeram História, lançado neste ano por ZH.

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